sábado, 29 de janeiro de 2011

Tempestade.

O tempo esta se fechando, armando o maior temporal, eu observando suas transformações, suas revoltas relampejantes, ouvindo os estrondos.

Enquanto isso fico a pensar nos últimos acontecimentos da minha vida, minhas transformações, e como ando revoltada e faiscante como o céu, o quanto eu quero gritar, e chorar...

Eu e o céu num choro intenso e devastador;

Minhas lágrimas rolam pela face e me molho com os pingos grossos que caem desesperados do céu que olho esperando, não sei o que.

Sufocada entre lágrimas e palavras, meus sonhos desmoronam soterrando e devastando os mais belos sentimentos que aqui existiram, vem destruindo expectativas, os sonhos que serviam de encostas. Tudo se torna um monte de entulho, lama que desceu morro abaixo.

E é chuva de pedra, eu pior que Maria Madalena, apedrejada, apontada, culpada, julgada pelo céu pelo único pecado sentenciado como ânsia incessante de te agradar. E fico sem chão.

Quando a tempestade passar, vou contabilizar as perdas, retornar ao local "a quo" e reconstruir nas mesmas terras, no mesmo ser abalado, marcado e com sintomas do que um dia foi, do que poderia ter sido e não foi...

Com essas águas de tormenta compreendi o dito "não tinha nada, e perdi tudo", e que retornar a zona de perigo não é falta de vergonha na cara.

Porque nenhum abrigo é como sua casa, porque nenhum braço me abraça como vc.

Então, quando esse choro passar e sua saudade chamar meu nome, vou retornar para recomeçar essa história, e mesmo sabendo que haverá outras tempestades, vou acreditar que essa terra vai ter fundação e que nada destruirá e levará vc de mim


 

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