sexta-feira, 31 de maio de 2024

Encerrando o capítulo.

Escrevendo a última página em branco do capítulo 44 da minha vida. 

Revejo os muitos rabiscos rascunhados, sem ter tempo para passar a limpo, e sigo escrevendo para não correr o risco de perder o que esta por vir, mesmo sem ter entendido o contexto e as entrelinhas do que foi.

Releio os trechos em garranchos, escritos as pressas; e outros me orgulho de escrever em calmaria, planejando as palavras, com tempo de sorver e degustar o que caberia em cada pausa entre elas.

As vezes era o tempo de um café, outras o tempo do amadurecer de um bom vinho.

Mesmo que o sorriso dos lábios não demonstre a felicidade no olhar, sei que fiz o melhor, mesmo que este não seja o melhor, foi como soube sorrir e olhar naquele instante.

Sou grata pela vida, esse atropelo de emoções, mesmo quando nada parece acontecer, com tudo acontecendo ao mesmo tempo e a sensação de ter feito menos do que deveria, de amar de menos para não se fazer menos amor, de estudar em demasia para não perder o time dos acontecimentos, de trabalhar demais como se não existisse prazo para o amanhã, para dizer que fizemos tudo e não conseguimos realizar tudo que planejamos na rota de cada 365 dias.

Em cada oportunidade que os dias desvendam, mesmo que os anos não nos permite a correr na mesma velocidade, e as bagagens começam a pesar, com as rugas e os brancos fios, e essa sensação de observar os dias de longe... percebendo mais do tudo, porque chegamos na metade do livro da jornada que chamamos vida, e ainda ansiamos a outra metade.

Refazendo os sonhos, e os colocando nas notas de rodapé, como anotação do que foi, e comentário do que pode vir a ser, ou referência de como a gente se reinventa, do corpo que transforma, e que torna a se inventar na incerteza de um vir a ser, entre virar a página ou fechar o livro.

Recalculando a rota 45, pois quem dera que os fios tecidos na linha da escrita, costurasse todos os fatos na colcha do tempo, retalhos de alegria e de tristeza, de desejos e de realizações, de bons e maus momentos, de saudade e de esperança.

Para o capítulo 44 últimas palavras de agradecimento e adeus, e que venham as novas oportunidades do capítulo 45 abençoadas por Deus.



quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Um dia quem sabe eu cresça. 


Um dia quem sabe eu cresça. 

Um dia, hoje ainda é muito cedo. 

Quero a doce ingenuidade que ainda habita meu coração, e o olhar que se encanta com as coisas simples da vida. 

Tenho muitas travessuras por fazer antes, para que a maturidade venha pesar meus passos, para que os dias sejam enfadonhos com a sobrecarga da responsabilidade e de olhares repletos de críticas.

Um dia quem sabe eu cresça. 

Hoje definitivamente é muito cedo.



domingo, 10 de julho de 2011

Escrevendo Histórias .

Que saudade eu estava de escrever... 

Creio que é quase a mesma saudade que eu tenho de mim, de você.

Meus dedos teclam na velocidade imposta pelos gritos do meu pensar, perturbado de histórias e palavras que querem ficar impressas nesse texto.

Ânsia que se iguala ao pulsar do meu coração, quando sua voz rompe o silêncio que nos distanciam e nos aproximam como tatuagem na pele.

Misto de torpor e êxtase, desatino e acalanto.

Entre riscos e rabiscos, formo frases, entre erros e acertos formo histórias, contos que se constroem de alegrias e é borrado nas lágrimas da ausência de escrever ou de viver momentos com você.

Teclar é sentir nas pontas dos dedos o texto pulsar, e como tocar seu corpo e sentir o arrepiar de sua pele, é um pedido, as ser comigo emoções, é ficar inebriado, descobrindo e redescobrindo sensações e exaustos de prazer não haver mais distinção de nós;


 

sábado, 29 de janeiro de 2011

Tempestade.

O tempo esta se fechando, armando o maior temporal, eu observando suas transformações, suas revoltas relampejantes, ouvindo os estrondos.

Enquanto isso fico a pensar nos últimos acontecimentos da minha vida, minhas transformações, e como ando revoltada e faiscante como o céu, o quanto eu quero gritar, e chorar...

Eu e o céu num choro intenso e devastador;

Minhas lágrimas rolam pela face e me molho com os pingos grossos que caem desesperados do céu que olho esperando, não sei o que.

Sufocada entre lágrimas e palavras, meus sonhos desmoronam soterrando e devastando os mais belos sentimentos que aqui existiram, vem destruindo expectativas, os sonhos que serviam de encostas. Tudo se torna um monte de entulho, lama que desceu morro abaixo.

E é chuva de pedra, eu pior que Maria Madalena, apedrejada, apontada, culpada, julgada pelo céu pelo único pecado sentenciado como ânsia incessante de te agradar. E fico sem chão.

Quando a tempestade passar, vou contabilizar as perdas, retornar ao local "a quo" e reconstruir nas mesmas terras, no mesmo ser abalado, marcado e com sintomas do que um dia foi, do que poderia ter sido e não foi...

Com essas águas de tormenta compreendi o dito "não tinha nada, e perdi tudo", e que retornar a zona de perigo não é falta de vergonha na cara.

Porque nenhum abrigo é como sua casa, porque nenhum braço me abraça como vc.

Então, quando esse choro passar e sua saudade chamar meu nome, vou retornar para recomeçar essa história, e mesmo sabendo que haverá outras tempestades, vou acreditar que essa terra vai ter fundação e que nada destruirá e levará vc de mim


 

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Amantes Anônimos.

Me pego a pensar em você mais uma vez, e nego a acreditar que estou aceitando todas as suas crises, de não saber o que quer, como quer, se é que quer alguma coisa.

Me pego acreditando numa falsa felicidade e num retorno que será real apenas nos meus sonhos.

Mais um devaneio, mais uma recaída... que merda!

Sei que quando você chega no meu pensamento, ele funciona como um para-raios.

Não quero pensar em você, não quero gostar de você, não quero você pela metade, nem de vez em quando... Não!

Que carência filha da puta é essa que me joga todas vez pra mesma reticência... Logo eu que me julgo tão esperta e já saber de cor todas as vírgulas, todas as interrogações, todas as exclamações e nenhum ponto final, apenas mais uma reticência...

Mesmo assim, deixo esses delírios pensantes acontecerem, mesmo jurando nunca mais, porque eu sei que quando o telefone tocar ou quando você pelo MSN chamar minha atenção eu vou topar, mesmo sabendo que o felizes para sempre não vai passar de um encontro as escondidas sem futuro nenhum.

E muito pior que tudo isso é saber que eu vou levar a sério cada fala cretina sua de que me adora, de que sou única na sua vida e que um dia ficaremos juntos para sempre.

Sei que vou reproduzir cada segundo desse encontro clandestino durante toda a semana, e nessas horas eu tenho vontade de pedir para ser meu, para ficar comigo, sem promessas de felizes para sempre e de que tudo vai ser fácil, mas também só penso, então eu juro pela milésima vez que não vou mais querer você, que não vou mais pensar em você e que vou achar outro para ocupar a falta que você me faz.

E mais uma vez, vou chorar engolindo o soluço que sufoca e escrever mais um texto estúpido, vulgarizando o melhor sentimento que tem dentro de mim, como forma de punição por gostar de alguém idiota o suficiente que não saca isso.

Preciso entrar para um AA - Amantes Anônimos para aprender a vencer a cada dia o primeiro pensamento, o primeiro gesto seu de se aproximar de mim, o primeiro gole da sua pessoa.

Quero me desintoxicar desse vício maldito que é te desejar, pois sei que me faz mal.

Tenho que vencer você um dia após o outro, e assim sucessivamente, eu vou conseguir, pode não ser fácil.


 

quinta-feira, 3 de junho de 2010

É bom! Foi muito bom!!!

Horas inerte a olhar essa folha em branco, depois de muitos riscos e de tantos outros rabiscos, tentei escrever duas palavras que possam unidas fazer algum sentido, e que ironia, saiu meu nome colado ao teu. 

O pior é que eu nem sei se a gente combina ou se faz algum sentido, sei que é bom.

É bom quando você aparece do nada só pra deixar um oi, um bom dia, um beijo...

É bom esperar seus recados, que me deixam sem graça...

É bom perder a fala, quando é você do outro lado na ligação...

É bom o beijo que deixa gosto de quero mais um...

É bom esse nosso segredo...

É bom também essa sensação de falta de compromisso, de não obrigação de eternidade, de deixa a coisa rolar pra ver como é que fica se é que fica, de curtir apenas o momento sem preocupação com futuro.

Fico tentando explicações, queria apenas uma desculpa esfarrapada pra justificar esse bom...logo eu que sempre detestei essa falta de compromisso.

Na verdade eu sei exatamente o que me atrai nisso tudo, é o quebrar regras, não é nem que eu goste tudo isso de estar com você, poderia ser qualquer um que me fizesse ter essa coragem tresloucada de infringir regras.

Bem sabemos que isso não vai completar nem um mês, porque essa história nasceu fadada ao fracasso.

Mas quero deixar registrado o bem que me faz, e que não me importa se existirá amanhã porque eu sei que é bom, sem maiores explicações... que foi muito bom... 


 

terça-feira, 11 de maio de 2010

Quero mais...

Quero mais que uma paixão morna vivida apenas por um...

Quero borboletas no meus estômago em revoadas.

Quero risos bobos e pensamentos atoas perdidos em um alguém que faça meu coração bater tal qual bateria de escola de samba.

Quero alguém que enfeite minha vida de lantejoulas e purpurina, muitas plumas e que não tenha data pra acabar como alegria de carnaval que morre em quarta feira de cinzas.

Que me enfeitice, que me surpreenda e que faça eu crer que é Ele.

Quero alguém que faça valer a pena fazer as pazes;

Que me faça acreditar que não seja perder tempo as horas que a gente passe fazendo planos e que tudo seja sério o suficiente pra prestarmos atenção, e acreditarmos que será realidade.

Que tenha um lindo sorriso, um colo acolhedor, um beijo arrematador.

Quero que ele fale dos seus gostos e de seus medos e quando silenciar não seja por exclusão, mas pq todos necessitam de momentos de reflexão e paz interior.

Que seja ombro amigo, e que não tenha medo de assumir que me adora para seus amigos.

Que nossos amigos individuais passem a ser NOSSOS, que sintam a falta quando um não estiver presente.

Quero uma canção brega pra chamar de nossa, pra dançarmos agarradinhos, pra cantarolarmos no rádio do carro em pleno engarrafamento quando ela tocar.

Quero apelidinhos ridículos a dois.

Quero Códigos.

Quero beijos sem tréguas, beijos roubados, beijos sem motivo escrito em scraps, msn e sms... muitos beijinhos babados.

Quero alguém que faça valer apena, que não deixe nada pra amanhã porque amanhã pode ser tarde demais.

Quero alguém que tenha ânsia de estar comigo e que me roube os sentidos de paixão pra estar com ele incondicionalmente a qualquer hora do dia.

Quero alguém com quem repartir meu saco de pipoca no cinema e inventar metade da história do filme; 

Quero alguém pra curtir sofá e chocolate quente, embolados um no outro e os dois em uma manta pra curtir preguiça de fim de semana.

Quero alguém pra testar meus dons culinários e ser sua provadora oficial.

Quero alguém pra me fazer sair da rotina, no meio da semana.

Quero alguém que me ofereça um céu de estrelas.

Que entenda que minha TPM passa.

Que não fique bravo por passar a noite estudando um processo ou corrigindo provas.

EU QUERO.

Quero mais...

E quero esse mais, o mais rápido possível, porque cansei de protelar o amor que existe aqui dentro, porque um só não é nada, não soma, não divide, não multiplica nem tão pouco subtrai.



Encerrando o capítulo.

Escrevendo a última página em branco do capítulo 44 da minha vida.  Revejo os muitos rabiscos rascunhados, sem ter tempo para passar a limpo...