O tempo esta se fechando, armando o maior temporal, eu observando suas
transformações, suas revoltas relampejantes, ouvindo os estrondos.
Enquanto
isso fico a pensar nos últimos acontecimentos da minha vida, minhas transformações, e como ando revoltada e faiscante como o céu, o quanto
eu quero gritar, e chorar...
Eu e o céu num choro intenso e devastador;
Minhas lágrimas rolam pela face e me molho com os pingos grossos que caem desesperados do céu que olho esperando, não sei o que.
Sufocada
entre lágrimas e palavras, meus sonhos desmoronam soterrando e
devastando os mais belos sentimentos que aqui existiram, vem destruindo
expectativas, os sonhos que serviam de encostas. Tudo se torna um monte
de entulho, lama que desceu morro abaixo.
E é chuva de pedra, eu
pior que Maria Madalena, apedrejada, apontada, culpada, julgada pelo céu
pelo único pecado sentenciado como ânsia incessante de te agradar. E
fico sem chão.
Quando a tempestade passar, vou contabilizar as
perdas, retornar ao local "a quo" e reconstruir nas mesmas terras, no
mesmo ser abalado, marcado e com sintomas do que um dia foi, do que
poderia ter sido e não foi...
Com essas águas de tormenta
compreendi o dito "não tinha nada, e perdi tudo", e que retornar a zona
de perigo não é falta de vergonha na cara.
Porque nenhum abrigo é como sua casa, porque nenhum braço me abraça como vc.
Então,
quando esse choro passar e sua saudade chamar meu nome, vou retornar
para recomeçar essa história, e mesmo sabendo que haverá outras
tempestades, vou acreditar que essa terra vai ter fundação e que nada
destruirá e levará vc de mim
PENSAMENTO GRITANTE, tanto insistiu que tornou-se texto, sua teimosia era tanta que tingiu o papel em branco, e por sua natureza errante seguiu viagem, gritando mesmo que inacabado e sem razão o que pensa. (Tatiana d'Almeida - 08.05.2009)
sábado, 29 de janeiro de 2011
Tempestade.
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Encerrando o capítulo.
Escrevendo a última página em branco do capítulo 44 da minha vida. Revejo os muitos rabiscos rascunhados, sem ter tempo para passar a limpo...

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